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Nossa senhora, mãe do ressuscitado
Pastoral Universitária

Nossa senhora, mãe do ressuscitado

“Rainha do Céu, alegrai-vos, aleluia! Porque Aquele que merecestes trazer em vosso ventre, aleluia! Ressuscitou, como disse, aleluia!”

Por Ir. Maria Therese Ni Odhrain, CMOP

Essa antífona mariana do Tempo Pascal expressa a alegria de Nossa Senhora pela ressurreição do Seu Filho. É uma oração que infunde esperança nos nossos corações por­que proclama o triunfo de Jesus sobre o sepulcro.

Os Evangelhos não falam duma aparição de Jesus Ressuscitado a Sua Mãe. De fato, Nos­sa Senhora não precisava duma aparição para acreditar no mistério da Ressurreição porque Ela meditava e guardava cada palavra de Seu Filho (cf. Lc 2, 19). Cristo tinha predito a Sua morte e ressurreição várias vezes durante a Sua vida apostólica: “Jesus começou a manifestar a seus discípulos que precisava ir à Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sa­cerdotes e dos escribas; seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia” (Mt 16,21). Nos momentos mais escuros da vida de Nossa Senhora, como aos pés da Cruz, esta promessa a ajudou a alimentar uma esperança forte na vida nova de Seu Filho. Ele ia renovar todas as coisas (cf. Ap 21,5). Por isso, mesmo sendo testemunha da Sua morte atroz na Cruz, Ela não desesperou. Esta é a mensagem da Mãe do Ressuscitado para cada um de nós, cristãos: “Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo” (Sal 22,4). Nossa Senhora é a Mãe da Esperança, a Mãe da nossa esperança, a estrela que brilha na noite.

O Senhor quis ressuscitar de noite para nos ensinar que, “uma vez decorrida a noite deste mundo, haverá lugar para nós, à ressurreição da carne”. E já nesta terra, Jesus é a Luz que brilha nas trevas dos nossos corações e das nossas pro­vações. A Virgem Maria é a estrela nas nossas noites. “Por isso, o seu parto foi assinalado pela estrela que conduziu (…) os magos do Oriente, para adorarem a Luz”. É a Mãe que enxuga as nossas lágrimas quando parece que não existe mais solução.

“Se Maria pôde permanecer ao pé da Cruz, en­quanto vivia um paroxismo de dor, e de algum modo morreu com seu filho, é porque viveu com perfeição as virtudes da Fé, da Esperança e da Caridade. Diante do terrível fracasso (aparente) de seu Filho, acreditou na Ressurreição, não duvi­dou da onipotência de Deus, de sua vitória sobre o mal e a morte”, escreve a escritora francesa Jo Croissant. “É por isso que, nas piores situações, quem confia em Maria jamais se desespera, pois ela testemunha que Jesus ressuscitou realmente e venceu a morte e que ele é sempre vencedor em todas as nossas aflições”.

Então, recorramos à Maria na hora da prova­ção, da dor, na hora da nossa solidão. Ela nos en­sina que não tem cruz sem ressurreição, não tem Sexta-feira Santa sem Domingo da Páscoa. Nos­sa Senhora intercede por nós a fim de que, onde não tiver mais vinho nas nossas vidas, a água seja transformada no vinho novo da Ressurreição, o vinho da esperança, da alegria e da vida nova.

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